Depois de oito meses a série Copa na Imprensa chega hoje ao seu último capítulo que falará sobre a Copa do Mundo na Rússia.
A Copa de 2018 realizada na Rússia foi a mais cara até aqui com custos superiores a 14,2 bilhões de dólares e trouxe como grande inovação a adoção do árbitro de vídeo, o VAR. No fim a França se sagra bicampeã.
A seleção brasileira depois do humilhante 7 x 1 sofrido em casa na semifinal teve de reestruturar tudo e para isso Dunga foi chamado de volta para recuperar a seleção, mas o tiro saiu pela culatra. Dunga foi demitido após a eliminação vexatória na Copa América Centenário em junho de 2016 e a CBF estava meio que perdida, então resolveram dar chance á Tite e o então técnico do Corinthians aceitou o desafio e em pouco tempo recuperou o prestígio e a credibilidade da seleção se tornando a primeira seleção do planeta a se classificar pra Copa, a confiança aumentou, mas no mundial suas convicções acabaram não resultando em êxito.
A estreia contra a Suíça em Rostov-on-don não foi a estreia esperada pelo torcedor. O Brasil saiu na frente com Philippe Coutinho, mas tomamos o gol de empate com Zuber que fez falta em Miranda, mas o VAR ignorou o apelo.
O segundo jogo contra a Costa Rica em São Petersburgo foi um sufoco e uma verdadeira aflição. Os costarriquenhos se fecharam na defesa e Navas pegava tudo, mas perto do fim veio o gol de Philippe Coutinho que libertou do sufoco e antes do fim Neymar deu números finais.
O último jogo contra a Sérvia no estádio do Spartak de Moscou foi uma vitória tranquila com os gols de Paulinho e Thiago Silva. O Brasil passava para as oitavas.
Nas oitavas encaramos o México em Samara e como em 2014 Ochoa pegava tudo, mas desta vez o Brasil venceu com Neymar que foi caçado em campo e Roberto Firmino. Estávamos nas quartas.
E então encaramos em Kazan a Bélgica e o trio de ouro Hazard, Kevin de Bruyne e Lukaku. O Brasil até que começou melhor, mas num escanteio a bola cruzou a área e Fernandinho começava a colocar tudo a perder ao desviar a bola pra dentro do gol, depois ele não conseguiu parar Lukaku que serviu pro chute seco e forte de Kevin De Bruyne. Com 2 x 0 contra o Brasil voltou pro segundo tempo disposto a reverter a situação. O time lutou até o fim, conseguiu diminuir com Renato Augusto e por pouco não leva o jogo pra prorrogação. A Bélgica derruba o Brasil e pela terceira vez em quatro Copas o sonho do hexa parou nas quartas de final.
Como em 2006 só time europeu disputou as finais do torneio e a final foi entre a França e a Croácia. Os croatas suportaram três prorrogações e chegavam com méritos à sua primeira final de Copa do Mundo. Os franceses jogavam sua terceira final e saíram na frente com Mandzukic marcando contra, a Croácia ainda empataria com Perisic, mas Griezmann recolocou a França na frente, na segunda etapa os franceses mataram o jogo pois a Croácia sentiu o cansaço e com gols de Pogba e Mbappé chegou aos 4 x 1. Mandzukic ainda descontou, mas era tarde. 20 anos depois a França é de novo campeã e se juntava aos argentinos e uruguaios como países bicampeões mundiais.
A Copa de 2018 foi a última Copa que assisti os jogos na antiga casa 30 do Conjunto G da Quadra 3 de Sobradinho. Assistimos quatro dos cinco jogos exceto o jogo com a Costa Rica que vi na minha casa ligado no jogo e no computador. Eu estava fazendo estágio no FNDE e mesmo com pouca grana comprei o álbum e os pacotes trocando figurinhas, depois completei as faltantes. Já não comprava mais jornal impresso e lia O Globo na versão digital. Depois da Copa o estágio acabou em novembro e desde então não consigo mais trabalhar, deixei de comprar revista impressa em razão da decadência das mesmas quebrando minha resistência e parei de colecionar me desfazendo da coleção física em fevereiro deste ano.
O mundial de 2018 pode ser marcado como o mundial do início do fim dos meios impressos. Para que vocês tenham ideia houve época que os jornais publicavam de 16 a 24 páginas diárias nos cadernos especiais da Copa. Em 2018 a história é diferente: em média 8 páginas diárias são publicadas nos cadernos de O Globo e Estadão e a Folha deu 4 páginas. O Jornal do Brasil que havia saído de circulação em 2010 voltou em fevereiro e teve três páginas diárias, a revista Época havia mudado seu foco editorial passando a enfocar textos mais literários e dedicou duas capas sobre o evento. Placar desta vez não lançou uma revista pós-jogo do Brasil, concentrou sua cobertura em parceria com Veja em diversas plataformas. Os fotógrafos enviados para a cobertura na Rússia foram: Alexandre Cassiano e Marcelo Theobald (O Globo), Eduardo Nicolau e Wilton Júnior (Estadão) e Eduardo Knapp (Folha de S.Paulo)
- Campeã: França. Vinte anos depois da primeira conquista os Bleus voltaram a ganhar o mundial e com um time coeso desbancaram nas oitavas a Argentina de Messi, nas quartas passou pelo Uruguai, na semifinal despachou a Bélgica e na final venceu a Croácia com sobras. O grande nome do time foi o atacante Kylian Mbappé que foi o segundo jogador mais jovem a fazer gol numa final de Copa do Mundo
- Vice - campeã: Croácia
- Brasil: Depois do humilhante 7 x 1 na Copa em casa o Brasil teve um começo de ciclo acidentado com a volta de Dunga, mas desta vez sua passagem foi abreviada após a eliminação na Copa América Centenário na fase de grupos. Tite assumiu o comando numa correção de rota e rapidamente o time evoluiu garantindo antecipadamente a classificação. Na Copa o time não consegue repetir o mesmo padrão de jogo das Eliminatórias, mesmo assim passa pela primeira fase, nas oitavas passa pelo México e nas quartas de final cai de pé diante da Bélgica.
- Países participantes: 32
- Gols: 169 - média de 2,64 por jogo
- Jogos: 64
- Artilheiro: Harry Kane (Inglaterra) - 6 gols
E chegamos ao fim de nossa viagem pela história dos mundiais através de registros da imprensa. Vem aí a Copa no Catar a partir deste domingo, dia 20. O blog A Caminho do Catar junto do Blog de knunes fará a cobertura dos jogos.
0 Comentários