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A Copa na Imprensa: O tetra da Itália e a seleção superstar que virou um bando

Prosseguimos nossa série especial sobre a história das Copas através da imprensa brasileira relembrado o mundial de 2006 na Alemanha.

Por onde andam os tetracampeões mundiais de 2006? - Calciopédia

 Sobre cães e mascotes #28: Copa do Mundo 2006 - tailgate zone

A Copa de 2006 trouxe como inovação o campeão do mundial anterior não ter vaga direta e ter de disputar eliminatórias. A Itália foi a campeã encostando no Brasil e sendo campeã da forma que nós conquistamos o tetra em 1994.

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Falando em Brasil toda a expectativa sobre o time se transformou na maior frustração. Um time recheado de estrelas que muita gente chegou a comparar com o timaço de 1970 fracassou de forma fragorosa no mundial, pra começar houve a badalação e a balbúrdia na fase final de preparação na cidade de Weggis na Suíça onde nossos craques até ali faziam a festa e os treinos superconcorridos rendiam dinheiro nos cofres da CBF, por outro lado Ronaldo Nazário estava gordo e fora de forma. O técnico Carlos Alberto Parreira voltava para tentar o hexa confiando no quadrado mágico. O resultado não foi o esperado pela torcida e a primeira chance do hexa foi desperdiçada e o time que de tão badalado se tornou um bando de jogadores que não estavam nem aí pro povo. A maior decepção foi Ronaldinho Gaúcho que foi uma caricatura do craque que voava no Barcelona: chegou com status de estrela e saiu da Alemanha com a máscara do fracasso e o prestígio diminuto dando início a decadência.










A seleção estreou contra a Croácia em Berlim e toda a expectativa por um show da seleção acabou numa vitória magra com gol de Kaká. 














O jogo seguinte foi contra a Austrália em Munique e nosso futebol seguiu quadrado, mesmo assim vencemos com gols de Adriano e Fred.








No último jogo da fase de grupos em Dortmund contra o Japão que era treinado por Zico o Brasil entrou com os reservas e aí Ronaldo desencantou marcando dois gols na vitória de 4 x 1. Juninho Pernambucano e Gilberto fizeram os outros gols.


 











Nas oitavas contra a seleção de Gana ainda jogando em Dortmund o Brasil venceu, mas não convenceu. Ronaldo fez o primeiro gol e superava ali Gerd Müller como o maior artilheiro em Copas, depois seria superado por outro alemão, Klose, Adriano fez o segundo e Zé Roberto fechou o placar de 3 x 0. Estávamos nas quartas de final, mas aí surgiu um tal de Zidane.



















O camisa 10 francês estava de novo em nosso caminho. Diferente da final de 1998 Brasil e França se encontrariam nas quartas de final em Frankfurt e quem esperava ver um show de bola de Ronaldinho viu Zidane comer a bola com jogadas de efeito, passes precisos e jogadas de craque. O Brasil jogou de forma apática e foi derrotado por 1 x 0 com gol de Thierry Henry e passe de Zidane. Depois de três finais seguidas o Brasil voltava pra casa e o hexa era adiado pra 2010.



 










A Copa seguiu com times europeus e a final foi entre Itália e França. Os italianos buscavam o tetra e a França o bicampeonato e foram os franceses que saíram na frente com Zidane cobrando e convertendo o pênalti, mas a Itália empatou com o zagueiro Materazzi, logo os dois protagonistas do lance que mudou a história da Copa. Zidane deu uma cabeçada em Materazzi e o juiz o expulsou de campo numa cena que manchou o fim de carreira do craque francês. O jogo foi para os pênaltis e terminou com festa italiana que venceu a série por 5 x 3 se sagrando tetracampeã da mesma forma que o Brasil em 1994. 

Na Copa de 2006 criou - se uma enorme expectativa pelo título do Brasil, o hexa que não veio. Assisti os jogos exceto a estreia mais uma vez na casa dos meus tios. O jogo com a França assisti na casa do Ricardo e depois foi só frustração. Ganhei uma camisa da seleção que o jornal Aqui DF distribuiu aos leitores, era juntar os 30 selos e uma quantia em dinheiro para trocar pela camisa, naquela época comprava o jornal todo dia, ainda não trabalhava, coisa que aconteceu um mês depois da Copa. Nem deu pra colecionar os jornais, comprei apenas no jogo do Brasil contra Gana.


Os meios de comunicação novamente mandaram equipes reduzidas. O Correio Braziliense voltou a produzir caderno especial e todos os jornais mesmo com o Brasil fora nas quartas manteve seus cadernos, a revista Placar mais uma vez publicou revistas especiais pós jogo do Brasil. Os fotógrafos enviados para a Alemanha foram: Ivo Gonzalez e Fernando Maia (O Globo), Alaor Filho, Celso Júnior, Eduardo Nicolau, Ernesto Rodrigues, Jonne Roriz e Sebastião Moreira (Estadão), Antônio Gaudério e Flávio Florido (Folha de S.Paulo), Ricardo Correa e Alexandre Battibugli (Placar).

Breve histórico da Copa do Mundo de 2006 - disputada entre 9 de junho e 9 de julho nas cidades de Berlim, Munique, Dortmund, Stuttgart, Gelsenkirchen, Hamburgo, Hannover, Frankfurt, Colônia, Kaiserslautern, Nuremberg e Leipzig
  • Campeã: Itália. 24 anos depois de ganhar na Espanha por ironia a Itália se tornava tetracampeã da mesma forma que o Brasil em 1994 ganhando nos pênaltis. O time dirigido por Marcello Lippi tinha jogadores como o goleiro Buffon, o zagueiro e capitão Cannavaro e os meio campistas Pirlo, Totti e Zambrotta levou a Copa com quatro vitórias e três empates.
  • Vice - campeã: França
  • Brasil: O time mais badalado da época chegou com favoritsmo absoluto e um elenco recheado de estrelas, mas as coisas começaram a dar errado na preparação final em Weggis onde os treinos eram festa para a torcida numa verdadeira balbúrdia. O tal quadrado mágico revelou - se falho. Os Ronaldos vinham de fases distintas: o Ronaldo Nazário estava gordo e fora de forma enquanto o Ronaldinho Gaúcho voava no Barcelona. Diante disto o que seria um elenco de superstars se revelou um bando e o técnico Parreira não conseguiu extrair o máximo do elenco. Depois de uma primeira fase sem empolgar veio uma vitória enganosa contra Gana e nas quartas de final caiu de forma apática pra seleção da França pondo fim à uma geração de jogadores vitoriosos, mas que juntos não formaram um time.
  • Países participantes: 32
  • Gols: 147 - média de 2,3 por partida
  • Jogos: 64
  • Artilheiro: Miroslav Klose (Alemanha) - 5 gols

Na próxima quarta, 2 de novembro a série Copa na Imprensa relembra o mundial de 2010 na África do Sul.

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